Quais são os primeiros passos para começar a guardar dinheiro? A Oeste Seguros te ajuda a analisar seu orçamento!
A atual pandemia do covid-19 pegou o planeta todo de surpresa. Um inimigo invisível, que mudou nossa vida completamente. A crise da saúde refletiu também na economia, fazendo o PIB nacional retrair 1,5% no 1º trimestre, o desemprego atingiu um triste número histórico, a renda de muita gente evaporou ou foi reduzida abruptamente. Como isso já não bastasse, mais da metade dos brasileiros, 56% encararam um desafio extra, pois começaram o ano de 2020 sem nenhuma reserva financeira. Um universo de quase 54 milhões de pessoas que estão enfrentando essa crise sem reservas.
Segundo a pesquisa Raio-X do Investidor da Anbima publicada no Valor Econômico, apurou que “no final de 2019, apenas 44% dos brasileiros, das classes A, B e C tinham alguma reserva de investimento financeiro. Apesar de ser o maior índice desde a primeira edição da pesquisa, é ainda um número muito baixo, dado que a amostra considera uma população economicamente ativa, aposentada ou que vive de alguma renda”. O baixo índice de poupança do brasileiro pode ser atribuído muito mais às decisões financeiras do que a capacidade de ganhar dinheiro. Diferente dos países europeus, os brasileiros investirem pouco, e os deixam mais vulneráveis a crises que possam surgir. Além disso, segundo pesquisa da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) divulgada em outubro de 2019, metade dos consumidores brasileiros precisou recorrer ao crédito (empréstimos e financiamentos) para pagar contas. E pegar dinheiro emprestado para cobrir despesas pode ser um início de uma bola de neve sem fim.
Para se organizar e evitar complicações, nós preparamos algumas dicas importantes de como economizar e criar uma reserva financeira adequada para te salvar em situações de crise, ou ajudar a sair do aperto.
Planejamento
Para não se enrolar com tantas contas, é preciso se planejar. A principal dica é reservar parte do 13º salário para pagar essas contas – isso no caso de quem recebe esse benefício. Se tiver dinheiro em conta, aproveite para pagar o IPVA e o IPTU para se beneficiar dos descontos. Só não faça isso se você tiver colocado a casa ou o carro à venda – nesse caso, pague apenas a parcela mensal e deixe as demais para o comprador.
Caso você não tenha dinheiro suficiente para pagar todas essas contas, parcele o IPVA e o IPTU e, se necessário, conte com linhas de crédito baratas nas instituições financeiras. Não parcele a fatura do cartão de crédito porque esses são os maiores juros do mercado. Uma das linhas com juros mais atrativos é o crédito consignado. Mas pague o valor assim que ganhar dinheiro suficiente porque mesmo o consignado tem juros maiores que o rendimento de suas aplicações financeiras.
O primeiro passo é organizar as contas e entender o quanto você ganha de fato (descontado os impostos) e o que você gasta (inclua aí os gastos fixos, como aluguel, energia e os gatos variáveis, como cartão de crédito).
Na medida em que você sabe exatamente como gasta o que ganha, ficará mais fácil de planejar suas finanças e cortar custos desnecessários. E essa conta vale tanto para o seu plano pessoal quanto para os custos da família.
O próximo passo é definir uma meta de valor para poupar todo mês. E essa meta tem que ser realista e de acordo com as contas que você fez e do que de fato vai sobrar de dinheiro.
Na hora de aplicar o dinheiro, escolha aplicações que tenham mais proximidade com o seu perfil e seja da sua preferência. Pode ser desde um título do Tesouro Direto até mesmo um Fundo de Investimento de renda fixa.
Definindo o valor da Reserva
Para poder servir ao propósito de ser uma garantia ao orçamento familiar, a conta que você deve fazer para chegar no melhor número de reserva é multiplicar por 6 o valor mensal dos custos da família. Vamos a um exemplo prático:
Supondo que você precisa de R$ 3 mil ao mês para se manter com conforto. Neste caso, seu fundo precisa ser de 6 meses: R$ 18 mil no total. Já se o caso da sua família é de um custo médio de R$ 5 mil, vocês precisarão de R$ 30 mil para garantir seis meses com segurança em caso de emergências.
No entanto, o número de meses de cobertura, o que é considerado “essencial” e quanto é destinado a cada despesa são decisões particulares a cada um. Sendo assim, o valor irá variar caso a caso.
Não esqueça de separar nesta análise as contas essenciais (alimentação, saúde, transporte) e aquelas não essenciais como por exemplo contas de entretenimento e lazer (bebidas, restaurantes, shows, cinema). Em momentos de emergência você deverá substituir ou eliminar essas despesas, para prolongar ao máximo o uso da sua reserva.
Poupando devagar
É importante ressaltar que não é preciso fazer a aplicação do valor total de uma única vez – muito pelo contrário. Você pode poupar aos poucos de acordo com o valor que estabeleceu durante o seu planejamento. Ao fazer essas aplicações, você investirá com rentabilidade, mas também podendo resgatar o dinheiro em caso de necessidade.
Vale destacar também que este fundo precisa ser usado somente em casos extremos
como: custos médicos imprevistos, prejuízos ocasionados em acidentes, ou desemprego. A emergência e a necessidade do dinheiro são estabelecida por você, então é importante ter autocontrole e paciência para não gastar de forma desnecessária.